Nos dias anteriores à última eleição, observei que temos uma visão muito limitada, muito natural, ao ponto de ver irmãos se indisporem uns contra os outros por causa de política partidária. Alguns ficaram muito tristes dizendo que “agora vai dar tudo errado”, “se entrar esse estaremos acabados”, “se entrar aquele estaremos destruídos” etc., sem muita percepção da realidade espiritual. Isso me assustou, pois percebi que estamos olhando muito próximo dos nossos pés, muito perto de onde estamos e não enxergando as coisas como Deus as vê. Por causa disso, Deus colocou no meu coração trazer essa série de mensagens sobre a política e o cristão. Na primeira parte, comentei sobre a atitude do cristão e sua posição cívica; na segunda parte, falei como este mundo deve e pode ser transformado; nesta terceira parte, quero falar sobre o nosso papel nesta Terra.
Precisamos entender que a nossa posição é muito acima das coisas naturais, visíveis, perceptíveis pelas nossas faculdades humanas, ou seja, do que vemos, do que ouvimos, do que tocamos. Existe uma realidade bem diferente desta que vemos e vivemos. Não podemos, como igreja, ser um povo pessimista ou otimista, pois tanto um quanto o outro são visões humanas das coisas e, por isso, temos de ser realistas, ou seja, ver as coisas como Deus vê.
Numa linguagem mais espiritual, eu diria que isso é uma visão profética. Não é ver o futuro, mas enxergar como Deus enxerga. Eu não gosto de usar a expressão “do ponto de vista de Deus”, porque Deus não tem um ponto de vista (que é a vista de um ponto) e Ele vê todas as coisas de forma global, total, completa. Então, ter uma visão profética é olharmos como Deus vê. Foi por isso que essas eleições mexeram muito com o meu coração, pois vi uma igreja que olha as coisas muito naturalmente, humanamente. Muitos profetizando o que não deveria ser profetizado, outros amaldiçoando ou abençoando o que não deveria ser amaldiçoado ou abençoado. Enfim, uma atitude muito ruim.
Na mensagem anterior, falei que somos um povo que tem a responsabilidade de transformar as nações. Em Atos 17.6, lemos: “Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui.” Interessante que não era um grupo grande. A equipe de Paulo compreendia um pouco mais de 20 pessoas e neste contexto havia um grupo menor do que este. No entanto, eles chegaram naquela cidade (Tessalônica) e a mesma foi transformada. Muitas autoridades creram no Senhor Jesus, muita gente se converteu e aqueles que resistiam viam isso como um transtorno. Na linguagem grega, a frase seria: “Eles estão virando o mundo de cabeça para baixo!” Na verdade, Paulo estava virando o mundo de cabeça para cima, porque antes de Jesus nossa cabeça era para baixo; agora, depois de Jesus, ela é para cima, para o alto.
Será que quando você chega em algum lugar as pessoas lá dizem: “Este que tem transtornado o mundo chegou até nós”? Ou elas dizem: “Ele é igual a nós; ele não perturba; ele não é um crente chato; ele nos deixa em paz”. Qual é a observação das pessoas a seu respeito? Que você transtorna o ambiente ou que deixa tudo como está e todos são seus amigos? Esta é uma pergunta que você fazer a si mesmo constantemente. O seu ambiente de trabalho ou de estudo é o mesmo desde quando você lá chegou? Ou você promoveu mudanças, transtornos nesses lugares? Ai de nós quando o mundo nos louvar! Nós não queremos o louvor do mundo, mas o louvor do nosso Senhor – e se para isso for necessário que haja perseguição, então que venha!
Como é que eu vejo este momento que estamos vivendo como congregação? Vejo que nós estamos prontos! Eu servi ao Senhor ajudando um grupo de militares cristãos na Academia Aérea de Pirassununga por quase 6 anos. Aprendi muitas coisas com eles e uma delas foi uma frase: “Preparados nunca; prontos sempre!” Nunca nos sentiremos preparados para fazer a vontade de Deus, mas devemos estar sempre prontos para cumpri-la, pois estamos nos preparando à medida em que as coisas estão acontecendo. Por isso eu creio que nós já estamos prontos para este momento da vida da nossa congregação – momento de sair, de pregar a Palavra, de fazer discípulos, de ir às ruas, de transtornar os ambientes que vivemos.
É hora de parar de sermos “politicamente corretos”. Jesus nunca foi assim, mas ele era verdadeiro. Com todo amor e carinho ele dizia: “raça de víboras”. Ele nunca deixou de amar, mesmo dizendo que “vós sois filhos do diabo”. Aliás, o que movia Jesus a ser verdadeiro era o amor, pois ele sempre falava a verdade em amor – e é isso que nós precisamos fazer.
Comentei anteriormente que política diz respeito ao nosso comportamento em nossa cidade e que algumas coisas devem ser denunciadas e transformadas. Porém, mais do que isso, devemos atacar as coisas nas suas raízes, pois as pessoas só vão mudar pela conversão. Não podemos nos iludir que uma troca de comando política em nosso país irá transformar o coração das pessoas, pois não será assim. O que as transforma é a chegada do Rei dos reis em seus corações.
Precisamos orar pelo nosso presidente, quer gostemos dele ou não, pois ele está em posição de autoridade e compete a nós orar para que tenhamos uma vida tranquila, sossegada e em paz, porque esta é a promessa do Senhor. Orar para que o Espírito de Deus esteja sobre ele, sobre seus ministros e equipe, porque é nossa responsabilidade orar por aqueles que estão em posições de autoridade.
“Não vos enganeis. As más conversações corrompem os bons costumes.” (1 Co 15.33). Precisamos deixar de lado as críticas aos políticos e olhar mais para as corrupções que acontecem em nosso coração que, segundo este texto, são motivadas pela má conversação (homilia), palavra que diz respeito a “comunhão, transmissão de valores”. Quando conversamos com as pessoas transmitimos a elas os nossos conceitos (bons e maus). Se a conversa não for ao redor do Senhor, os bons costumes serão corrompidos. Portanto, se quisermos acabar com a corrupção do país devemos mudar a nossa conversação em primeiro lugar; deixar de criticar os outros e pensar mais no que somos, fazemos e falamos.
Não existe nenhuma instituição na face da Terra que tenha um poder de transformação social como a Igreja. Qual entidade recebe em seu meio alguém que é um ladrão, um viciado em álcool ou drogas, e esta pessoa passe por uma transformação de mentalidade, de coração, de desejos e alvos, deixando de ser inútil e passando a ser útil à sociedade? Qual entidade terrena transforma um ladrão, um assassino, um corrupto pela presença e poder do Espírito Santo? Que transforma a vida, o caráter, o coração, a família por completo? Somente a Igreja! Assim, está em nossas mãos, em nosso poder a transformação do mundo – e precisamos entender e crer nisso.
Eu disse que cada colaborador de uma empresa deve cooperar para a atividade fim da mesma. Se o alvo da empresa é construir um determinado objeto, todos os seus funcionários, do menor ao maior, devem trabalhar para que ela produza este objeto. A Igreja é o empreendimento de Deus que tem o alvo, a finalidade de transformar o mundo e trazê-lo novamente aos pés de Cristo – e todas as suas atividades devem convergir para isto. Qualquer trabalho, ministério ou serviço precisa agir para isto. A Igreja está neste mundo para pregar o evangelho a todas as criaturas, espalhar o Reino de Deus a todos os lugares em que existam pessoas que não conheçam o Senhor. Isto vai produzir transformação espiritual e, consequentemente, transformação social (e não o contrário).
…também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. (…) Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1 Pd 2.5,9)
Se você está orando para saber qual é a vontade de Deus para sua vida, aqui está a resposta. Temos de ser fiéis no que podemos chamar de “pouco” para que Deus nos coloque sobre o muito (Mt 25.21). Precisamos ser fiéis em proclamar as virtudes de Deus, aquilo que Deus é, para que Ele nos coloque em coisas maiores. Este é o nosso chamado, o nosso papel, o que nós somos. Portanto, deixe o Espírito Santo operar em seu coração, deixe esta palavra entrar profundamente em sua vida. Entenda quem você é e qual o seu papel neste mundo.
…e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. (Ap 1.6)
Cristo trouxe uma mudança radical na história do povo de Deus. Deus tinha apenas uma tribo (Levi) que exercia a função sacerdotal. Agora não existe somente uma tribo, mas toda a Igreja é nação sacerdotal do Senhor. Nós somos sacerdotes do Reino de Deus na Terra.
Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra. (Ap 5.9,10)
Um sacerdote tem dois trabalhos principais: a) trazer Deus aos homens e b) levar os homens a Deus. Ministério ao Senhor e ministério aos homens. O sacerdote cuida dos dois lados: ele toca em Deus e toca nos homens. Este é o nosso papel. Nós somos este elo, esta ligação entre o que Jesus fez na cruz e as nações que ainda não o conhecem. Sabemos que a resistência de uma corrente é medida pelo seu elo mais fraco – e nós somos este elo mais fraco. Porém, Deus confiou em nós e nos deu a responsabilidade de levar o evangelho a todas as nações da Terra. É por isso que Ele nos colocou onde estamos: para transtornar, transformar esses lugares. Que, a partir do momento que lá chegarmos, eles nunca mais sejam os mesmos.
O próprio nome que Jesus dá à sua casa revela o nosso papel: “A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações.” (Mr 11.17). A igreja é o lugar onde os povos vêm para se encontrar com o Senhor. Deus colocou o Seu povo nesta Terra para ser esse elo. Esse é o meu e o seu papel. Não é papel apenas dos presbíteros, dos diáconos, mas de cada um de nós.
Quando eu estava com os militares da Força Aérea, procurei transmitir-lhes que eles eram “missionários em fardas”. Durante cinco anos eu lhes ensinei isso e, então, em qualquer quartel ou lugar que chegavam, logo começavam a evangelizar e formar grupos de discípulos. Muitos deles, ao deixar a farda, se tornaram missionários e pastores, porque a mensagem entrou em seus corações. Portanto, não importa o que estamos fazendo, somos missionários. Missionário não é somente aquele que atravessa oceanos para evangelizar nações, mas é aquele que elimina a distância entre Deus e as pessoas. Não é uma questão geográfica, mas de coração. Nós somos o elo entre o Senhor e as nações.
Quando Jesus disse: “Está consumado”, ele estava se referindo ao que havia terminado de fazer. Ele terminou sua parte e, então, disse a nós, seus discípulos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” (Mt 28.19,20). O que ele tinha de fazer, ele fez. Agora, você e eu temos a responsabilidade de levar a obra de Deus até os confins da Terra. Esta é a nossa missão, a nossa responsabilidade.
Jesus disse: “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.” (Jo 9.5). A palavra “enquanto” diz respeito a momento, a movimento, a uma fração de tempo. “Enquanto” significa que aquele momento passa. O Senhor Jesus, da forma como ele veio, como pessoa, não está mais aqui. Portanto, agora, eu e você somos a luz do mundo e o sal da Terra. O sal é um elemento químico que muda o ambiente em que é colocado. No entanto, ele pode perder esta sua propriedade: “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.” (Mt 5.13). Você já viu um cristão que não salga em seu ambiente de trabalho? Ele sempre é pisado pelas pessoas!
Eu trabalhei em uma empresa e as pessoas ao meu lado sabiam que eu era pastor. Por isso, elas escolhiam as mais obscenas piadas para contar na minha presença, mas eu continuava fazendo normalmente meu trabalho e não lhes dava atenção. Certo dia, cansados de contar piadas e eu não reagir, me perguntaram: “Jamê, você não se incomoda com essas piadas?” Respondi: “Não, porque cada um tem o seu idioma: o cachorro late, o gato mia e vocês contam essas coisas. Eu nunca joguei pedras em cachorros e gatos por isso e também não vou jogar em vocês. Essa é a linguagem de vocês; de vocês eu só espero isso.” Nunca mais contaram piadas para mim! Portanto, ou nos posicionamos ou o mundo pisa em nós. E você tem que se posicionar no dia em que chega em um novo lugar, pois, se protelar, ficará cada vez mais difícil. Chegue num ambiente e diga logo quem você é: “Sou discípulo de Jesus Cristo!” Se não entenderem, lhes explique, mas não procrastine, não protele para falar.
Qual foi o chamado de Jesus aos discípulos? “Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar.” (Mr 3.14). Nós temos dois papéis na vida: estar com Jesus e fazer discípulos. Anos atrás, eu me propus a resumir os assuntos da Bíblia e descobri que ela tem somente dois assuntos principais: 1) Santidade ao Senhor; sermos santos. Isso no sentido de sermos próximos de Deus, do Seu coração; 2) Fazer discípulos de todas as nações. Ou seja, ministério ao Senhor e ministério aos homens; servir a Deus e servir aos homens (anunciando o evangelho do Reino de Deus).
Precisamos sempre lembrar que somos filhos de Abraão. Isso implica em que a benção de Abraão também é para nós, assim como a mesma responsabilidade dele. Em Gênesis 17, lemos que Deus escolheu e ordenou a Abraão que pusesse em ordem a sua casa, os seus filhos após ele, para que Deus pudesse cumprir o que havia falado a seu respeito. A responsabilidade direta e imediata de Abraão era que ele colocasse sua casa em ordem, transformasse sua família num canal de Deus para que, por meio dela, todas as famílias da Terra fossem abençoadas. Esta também é a nossa responsabilidade hoje: “Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn 12.3)
Falei anteriormente que os avivamentos só têm sentido se forem para espalhar o Reino de Deus. Muitas vezes oramos para que Deus aviva a Igreja, mas este avivamento deve ter como fim, como propósito nos levantar, nos capacitar para levarmos a Palavra de Deus a todos os lugares. É isto que está escrito em Atos 1.8: “…mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” A palavra “testemunhas” aqui é “mártir”, aquele que sofre por aquilo que crê.
O Espírito Santo veio para nos capacitar a pregarmos a Palavra do Senhor. Quando Jesus fala sobre isso em Lucas 24, ele diz que os discípulos deveriam sair para pregar o evangelho. No entanto, ele mesmo disse: “permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (v.49). Jesus estava dizendo que aquele era apenas um momento. Eles não deveriam ficar em Jerusalém o resto das suas vidas, mas somente até receberem o poder do Espírito. Depois disso eles deveriam sair, pois havia uma ordem, uma missão, uma responsabilidade a cumprir. O que eles não podiam fazer era sair sem o poder de Deus. Não se pode evangelizar, transtornar o mundo, mudar a sociedade sem o poder do Espírito Santo. Esta foi a condição que Jesus deu a eles e dá a nós também. Portanto, se você tem o Espírito, já está pronto para sair. Muitos, talvez, não vão sair de suas ruas, cidades e trabalhos, pois precisam permanecer lá para transtornar esses lugares. Mas o princípio é o que vale.
Receber o poder do Espírito e não sair para pregar é a mesma coisa que ir a um posto de gasolina, abastecer e não viajar. A pessoa enche o tanque do carro; acelera, acelera até acabar; em seguida, volta ao posto e enche o tanque de novo, repetindo o processo indefinidamente. Nossas congregações não são postos de gasolina, mas lugares onde nos reunimos para receber instruções de como fazer a obra de Deus. Este é o nosso trabalho e responsabilidade. Repito o que falei na mensagem anterior: os avivamentos sempre precisam provocar ou produzir missões, proclamação. O Espírito Santo foi derramado para que fossemos testemunhas em todas as nações: “…e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas.” (Lc 24.47,48).
As missões, o evangelismo, o fazer discípulos precisam ser compreendidas a partir da visão que a Palavra de Deus nos ensina, a partir do motivo de Deus ter criado o ser humano. Deus criou o homem não por ter carências, mas por ter abundância de amor. Ele queria receptáculos, pessoas em quem pudesse depositar seu amor. Mas não foi isso o que aconteceu, pois o homem se afastou do seu Criador. Com isso, a ligação entre Ele e os homens foi cortada: “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.” (Is 59.2). Sabendo disto, antecipadamente, desde antes da fundação do mundo, o Cordeiro foi imolado para que o homem voltasse a ter comunhão com o Senhor (1 Pd 1.19,20). O Cordeiro veio para restaurar o relacionamento do homem com Deus, mas aqui entra o elo fraco desta corrente: eu e você! Se nós não anunciarmos o evangelho a morte de Jesus na cruz foi em vão, não valeu absolutamente nada.
Entenda algo: o perdão de Deus foi derramado para todo ser humano, conhecendo ou não o Senhor. Infelizmente, existem muitas pessoas que são perdoadas por Deus e vão para o inferno, pois não sabem que foram perdoadas. Foram perdoadas, mas não ouviram ou não entenderam isso. Deus não vai “dar um jeito” de salvar as pessoas sem que lhes seja anunciado o nome de Jesus.
E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. (At 4.12).
Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? (Rm 10.14,15).
Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. (Rm 10.8-10)
Portanto, precisamos anunciar o evangelho. Há pessoas que estão ao nosso lado que nunca ouviram falar de Jesus – talvez pela falta de unção de quem lhe pregou, talvez por não terem compreendido direito ou talvez porque nunca ninguém lhes falou.
Jesus veio para restaurar a condição do homem, a vida do jardim. Nós vamos voltar para o jardim, para a presença de Deus, sem limites ou barreiras! Porém, precisamos levar conosco os que não conhecem o Senhor do jardim. Nós estamos prontos e precisamos sair, pregar o evangelho, tocar nas vidas. Cada pessoa da nossa rua, do nosso entorno, da nossa cidade precisa saber que Jesus Cristo foi enviado por Deus para nos salvar.
Em João 3.16, lemos que Deus mandou Jesus morrer pelos nossos pecados. Se nós também não morrermos, não pregaremos o evangelho. Se não morrermos para nossa timidez, para nossa política correta, para nossa própria vontade, as pessoas não ouvirão a Palavra de Deus. Repetindo o que eu disse na mensagem anterior, Jesus renunciou a sua “unigênitura” para ser o “primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8.29). Ele não está mais conosco em carne e osso, portanto, hoje, eu e você somos esses filhos enviados por Deus ao mundo para cumprir esta missão.
Deus nos colocou onde estamos para que ali “ninguém pereça, mas tenha a vida eterna”. Isto muda radicalmente a nossa vida, nos faz entender o verdadeiro sentido da vida, pois é isso que Deus quer de nós. Todas as famílias da Terra serão benditas quando a Igreja compreender a sua identidade de Casa de oração para todos os povos.
Precisamos ser enviados e formados aos lugares onde estamos. Você precisa se considerar enviado àquela rua, bairro, cidade, escola, trabalho em que está. Todo o nosso movimento precisa ser objetivo e intencional; nada deve ser feito sem propósito no reino de Deus. O propósito de Jesus é a transformação das pessoas e nós estamos aqui para cooperar com Ele.
Quando Deus colocou Seu povo na face da Terra foi com o objetivo de transtornar, de colocar o mundo de cabeça para cima, olhando para Ele. É por isso que estamos aqui. Esta é a nossa missão, o nosso destino. E repito: NÓS ESTAMOS PRONTOS! Talvez não preparados, mas prontos! E qual é a condição que Jesus colocou para isso? Ser batizado no Espírito Santo. Portanto, caso você ainda não seja batizado no Espírito, busque esse enchimento e então saia para pregar, para discipular os lugares onde você vive! Amém!
Transcrição e Edição: Luiz Roberto Cascaldi
Bình luận