A realidade de atender pastores que trabalhavam e viviam sozinhos foi o início desse relacionamento que temos hoje. Jamê sempre nos contou como, a partir de sua própria história, recebeu esse encargo pela unidade da igreja e pelo serviço aos que cuidam do povo de Deus. Esse cuidado pastoral de gente que pastoreava o rebanho de Cristo gerou durante anos esses relacionamentos que hoje temos. Uns que encontraram o apoio fraterno e amigo de outros, vieram a oferecer isso a mais outros, sendo consolados para consolar, como nos ensinam as Escrituras. E isso cresceu até para outros países.

É certo que fazemos a obra juntos, mas há um forte espírito pastoral e relacional neste grupo, uma ênfase na amizade e no cuidado uns dos outros. Aliás, é um ingrediente indispensável na obra de Deus, como bem nos ensinou Jorge Himitián, que tenhamos relacionamentos firmes, que sejam pessoais definidos e comprometidos. Não vemos no Novo Testamento a figura de um pastor solitário, mas sempre um grupo de irmãos que pastoreiam juntos, chamados ali de presbíteros ou bispos, sempre no plural, nunca no singular.

Que não haja solitários entre nós. Que nossos vínculos sejam cada vez mais fortes em amor e cuidado. Que não haja pastores em nossa cidade (e a partir delas) que sejam sozinhos, mas que a vida de família, o que realmente somos em Deus, alcance cada um deles. E que não se espalhe nome de quem quer que seja, mas apenas o nome de Jesus. E que não se estabeleça nenhum outro tipo de compromisso a não ser o compromisso de amor de Cristo pela sua Noiva, a Igreja, e de uns para com os outros. Esse é o nosso alvo, desejo e oração.

Carlos Sá